Há alguns anos atrás, quando a Internet ainda engatinhava, o primeiro navegador que surgiu e se tornou padrão foi o Internet Explorer. Desde então, o navegador já demonstrava suas limitações, mas como não havia outras referências para comparação, os usuários se contentaram com o produto. Hoje, a panorâmica é diferente. Existe uma vasta gama de navegadores, e o Internet Explorer se tornou piada se comparado aos mais eficientes. Google Chrome, Firefox, Opera, para citar os mais conhecidos, são alguns exemplos de desempenho superior ao do Internet Explorer.
Os problemas do IE: falhas na conexão, a página que fica eternamente carregando.
Foto: Gabriella de Azevedo
Sabendo disso, a Microsoft vem há algum tempo tentando recuperar o mercado perdido e, para isso, tem lançado diversas campanhas e atualizações do navegador. A que está sendo desenvolvida mais recentemente é a versão 10, chamada de IE10 e que promete ser uma revolução nos padrões de navegador. O novo IE10 compõe o projeto para o Windows 8, e terá seu design voltado para computadores de tela de toque, chamado de visual Metro. O internet Explorer 10 promete ter segurança aprimorada e suporte para HTML5.
“O Internet Explorer 10 foi projetado para tornar a interação em sites da web rápida e fluida para o toque, assim como para o uso intenso de mouse e teclado. Com o IE10, os sites também estão no estilo Metro no Windows 8, incluindo a tela inicial, os botões, os ajustes e mais. O IE10 também fornece a melhor proteção contra software mal-intencionado na Web oferecendo, também, controle verdadeiro sobre a sua privacidade online”, disse Rob Mauceri, gerente de programas de grupo para Internet Explorer.
Outro novo detalhe do IE10 está na sua integração a um novo Adobe Flash Player, que também contará com a função de toque . Além disso, outra inovação será o recurso “não rastrear”como padrão, fazendo do Internet Explorer 10 o primeiro navegador a dar esse tipo de controle aos usuários sobre a privacidade, algo que vem sido debatido insistentemente nos últimos anos.
A interface
Segundo a Microsoft, a nova interface foi desenvolvida para funcionar tanto em telas de toque quanto no uso com mouse e teclado. Além disso, os controles do navegador são exibidos apenas quando o usuário precisa, e ocultados quando não são necessários, tornando a página navegada o foco principal. Exemplo disso é a exibição em tela cheia, em que a barra de ferramentas fica oculta até que o usuário necessite usá-la. “O IE10 com estilo Metro possui uma abordagem diferente e mais moderna de navegação. Ele mantém o foco totalmente nos sites navegados, em vez de na atividade intensa de gerenciamento de guias e janelas que tem definido a navegação na última década”, afirma Mauceri.
Interface Windows 8
Interface IE10
Na utilização de toque, a interface se mostra bem intuitiva, já que a mudança de tela é feita ao deslizar os dedos, para direita ou para esquerda. Na versão do Windows 8 para PC, duas setas são exibidas quando o internauta passa o mouse pelos cantos da tela, indicando avançar ou voltar. Para digitar um endereço, basta clicar com o botão direito do mouse no navegador, e a barra de navegação se mostrará.
Outra inovação é o recurso Snap, que divide a tela com dois aplicativos. O navegador ocupa a maior parte da tela e a barra lateral contém o aplicativo de escolha do usuário.
A interface tem se mostrado elemento principal para o desenvolvimento das relações das pessoas com as ferramentas eletrônicas e o IE10 parece que vai estreitar ainda mais esse vínculo dos usuários com as plataformas de toque.
Para os que têm certa resistência ao Internet Explorer, a oportunidade de quebrar essa barreira está aí, por isso, vale dar uma segunda chance para o navegador e testar se suas mudanças, de fato, surtiram efeito. Pois, depois de tanto tempo tentando fazer um navegador que pudesse competir com os demais, parece que, enfim, a Microsoft conseguiu. E quando todos achavam que já estava decretada a morte do bom e velho Internet Explorer, eis que ressurge das cinzas um dos navegadores com conceito mais moderno do mercado.
Gabriella de Azevedo Gomes
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